As ações do setor de construção civil reagiram de forma negativa ao detalhamento do corte do Orçamento da União de 2011, da ordem de R$ 50 bilhões, que reduziu em R$ 5 bilhões os recursos previstos para o programa "Minha Casa, Minha Vida 2" este ano.
Segundo Miriam Belchior, ministra do Planejamento o corte no Ministério das Cidades se deve a uma readequação dos recursos para a segunda fase do programa Minha Casa, Minha Vida. Antes, pela Lei Orçamentária Anual (LOA), aprovada pelo Congresso Nacional, estavam previstos gastos de R$ 12,7 bilhões.
"De fato é uma redução grande, que se deve a emendas e a um ajuste no Minha Casa, Minha Vida, porque o Congresso ainda não aprovou o projeto de lei que cria a segunda fase. Temos uma previsão de que isso só ocorra em abril ou maio, por isso não teremos um ano cheio da segunda fase do programa", disse. De acordo com a ministra, o programa habitacional do governo terá R$ 7,6 bilhões em recursos em 2011, R$ 1 bilhão a mais que o disponível em 2010.O anúncio ocasionou uma queda generalizada entre os papéis de construtoras e incorporadoras na tarde desta segunda-feira, levando o índice setorial imobiliário (Imob) a despencar 2,9%. Às 16h08, as ações da MRV Engenharia, principal beneficiada pelo programa do governo, em decorrência d e sua forte atuação no segmento econômico, lideravam as perdas do setor, com queda de 5,88%. Rossi Residencial, Cyrela Brazil Realty, Gafisa e Brookfield Incorporações recuavam entre 2,6% e 4,2%. Enquanto isso, a PDG Realty, maior construtora e incorporadora do país, cedia 3,8%, maior queda desde 17 de fevereiro de 2009.
No mesmo instante, o principal índice acionário brasileiro, Ibovespa, que reúne as ações das seis construtoras com maiores baixas operava em baixa de 0,09%. "Isso levanta dúvidas sobre o modelo de financiamento do programa. O modelo dessas companhias está muito baseado em subsídios do governo, o que deixa o mercado apreensivo", disse Oliver Leyland, gestor com US$ 1,1 bilhão sob administração na Mirae Asset Global Investments.
O presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Paulo Simão, lamentou os cortes. "Essa informação nos surpreende porque o governo dizia que não ia cortar nada dos programas que estavam em execução", comentou.O "Minha Casa, Minha Vida" foi lançado pelo governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no final de março de 2009, com subsídios da ordem de R$ 34 bilhões. O programa - voltado a famílias com renda de até 10 salários mínimos - foi apresentado em meio à crise econômica global, com intuito de reduzir o déficit habitacional do país e também fortalecer a economia e gerar empregos. Um ano epois, em março de 2010, ainda com a primeira etapa em curso, foi anunciado o "Minha Casa, Minha Vida 2", com previsão de 2 milhões de moradias contratadas até 2014 e subsídios do governo acima de R$ 70 bilhões.
Segundo Miriam Belchior, ministra do Planejamento o corte no Ministério das Cidades se deve a uma readequação dos recursos para a segunda fase do programa Minha Casa, Minha Vida. Antes, pela Lei Orçamentária Anual (LOA), aprovada pelo Congresso Nacional, estavam previstos gastos de R$ 12,7 bilhões.
"De fato é uma redução grande, que se deve a emendas e a um ajuste no Minha Casa, Minha Vida, porque o Congresso ainda não aprovou o projeto de lei que cria a segunda fase. Temos uma previsão de que isso só ocorra em abril ou maio, por isso não teremos um ano cheio da segunda fase do programa", disse. De acordo com a ministra, o programa habitacional do governo terá R$ 7,6 bilhões em recursos em 2011, R$ 1 bilhão a mais que o disponível em 2010.O anúncio ocasionou uma queda generalizada entre os papéis de construtoras e incorporadoras na tarde desta segunda-feira, levando o índice setorial imobiliário (Imob) a despencar 2,9%. Às 16h08, as ações da MRV Engenharia, principal beneficiada pelo programa do governo, em decorrência d e sua forte atuação no segmento econômico, lideravam as perdas do setor, com queda de 5,88%. Rossi Residencial, Cyrela Brazil Realty, Gafisa e Brookfield Incorporações recuavam entre 2,6% e 4,2%. Enquanto isso, a PDG Realty, maior construtora e incorporadora do país, cedia 3,8%, maior queda desde 17 de fevereiro de 2009.
No mesmo instante, o principal índice acionário brasileiro, Ibovespa, que reúne as ações das seis construtoras com maiores baixas operava em baixa de 0,09%. "Isso levanta dúvidas sobre o modelo de financiamento do programa. O modelo dessas companhias está muito baseado em subsídios do governo, o que deixa o mercado apreensivo", disse Oliver Leyland, gestor com US$ 1,1 bilhão sob administração na Mirae Asset Global Investments.
O presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Paulo Simão, lamentou os cortes. "Essa informação nos surpreende porque o governo dizia que não ia cortar nada dos programas que estavam em execução", comentou.O "Minha Casa, Minha Vida" foi lançado pelo governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no final de março de 2009, com subsídios da ordem de R$ 34 bilhões. O programa - voltado a famílias com renda de até 10 salários mínimos - foi apresentado em meio à crise econômica global, com intuito de reduzir o déficit habitacional do país e também fortalecer a economia e gerar empregos. Um ano epois, em março de 2010, ainda com a primeira etapa em curso, foi anunciado o "Minha Casa, Minha Vida 2", com previsão de 2 milhões de moradias contratadas até 2014 e subsídios do governo acima de R$ 70 bilhões.
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