segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

10 passos para curtir (e muito!) a Itália

Hoje, me limito a listar 10 coisas que acho fundamentais ter em mente para uma viagem boa e bem programada (leia-se: sem picar dinheiro pela janela).

ANTES DE IR…
1) Reserve os hotéis no centro da cidade. Ok, eles podem ser mais caros. Ok, eles costumam lotar rápido. Ok, dá uma vontade de reservar aquele mais baratinho que fica um pouco mais longe, afinal, a idéia é apenas ter um lugar para dormir. Tá. Mas acontece que nada compensa a vantagem de andar a pé na Itália. Sem contar que muitas vezes o pouco que você vai pagar a menos vai por água abaixo logo que você começar a gastar com  transporte – e muitas vezes com táxi, especialmente depois de uma certa hora da noite. Em Veneza, então, nem pensar em ficar  em Mestre ou em qualquer outra ilha que as agências adoooram. Um bilhete de vaporetto pode custar até € 6.  Já pensou ter que desembolsar tudo isso cada vez que quiser por os pés para fora do hotel – e voltar? Pronto, já se pode dizer que ficar bem localizado é economia. Só vale a pena é ficar esperto e reservar com antecedência.

NA CHEGADA…
2) Jamais pegue um táxi ao desembarcar no aeroporto. Digo isso a menos que você a) esteja com tantas malas que não vai, em hipótese alguma, conseguir carregar sozinho; b) não liga de ficar preso horas nos engarrafamentos que fazem inveja a São Paulo; ou c) não ligue de pagar o triplo, o quádruplo, o quíntuplo – e em euros! – por uma outra alternativa simples e confortável.  Isso vale tanto em Roma quanto em Milão ou Veneza, um dos três aeroportos que você provavelmente vai desembarcar.  Em Milão, o ônibus executivo desde Malpensa custa € 6. É também a melhor alternativa em Veneza. Em Roma, a melhor maneira para ir de Fiumicino até o centro é de trem. A viagem dura pouco mais de meia hora e custa € 9,50 até a estação Termini. O percurso de táxi não sai por menos de € 70…

3) Entre no fuso local o mais rapidamente possível. Eu não me refiro apenas a acertar o relógio e forçar o corpo a chegar no lugar. Mas a adotar alguns dos deliciosos hábitos locais. O café no meio da manhã. O almoço no balcão. A happy hour em Milão – aliás, o que é aquilooo? A partir das 18h, 18h30 todos os bares montam mesas cinematográficas de petiscos. De graça. Você só tem que pagar a bebida, as guloseimas são oferta da casa. Imperdível. Prepare-se para estar com fome a esta hora. Mais uma dica econômica… :-)

UMA VEZ LÁ…
4) Evite alugar carro enquanto estiver em cidades grandes. Roma, Veneza e Milão definitivamente não foram feitas para turistas desavisados, desnorteados e sem garagem de graça. Além de ser super confuso se localizar, é impossível parar nas ruas e os estacionamentos custam uma fortuna. Mesmo que a idéia seja rodar de carro pelo país, programe-se para pegar o carro na saída de uma grande cidade e devolver na chegada de outra – e se puder fazer isso nas agências longe do centro, melhor ainda. Sempre prefiro pegar o trem e ir até o aeroporto de Roma, por exemplo, para já pegar a estrada direto e sem stress.

5) Tente ser flexível nas viagens de carro. Ainda que você seja do tipo ultra-mega-organizado, é sempre bom deixar o mapa no porta-luvas e se perder. Se for pela Toscana (foto) então…

6) Dedique pelo menos um pouquinho do seu tempo às delícias locais. Se estiver pela Toscana, visite uma fábrica de queijo pecorino; se o destino for a Emilia-Romanha, vá ver de perto como é feito o presunto de Parma e o queijo parmiggiano reggiano (a agência Parma Golosa organiza tudo). Descubra como uma aceitaia tradicional de Modena pode produzir delícias muito melhores do que o ralo aceto balsâmico que a gente usa para temperar saladas (a Malpighi recebe turistas e organiza degustações). Visite feiras, sempre e por todo canto.

7) Visite vinícolas também, claro. Na região de Chianti, em Montalcino… Se possível, hospede-se numa. Nada mal acordar e ver aquele mar de vinhedos da janelinha. Nas refeições, abuse dos vinhos também. Na maioria das vezes ele vai custar muito mais barato do que um refrigerante.

8) Programe-se. Se tem horror de fila, fuja dos dias em que as atrações são gratuitas (consulte o escritório de informação turística da cidade antes). Evite os domingos nos museus (especialmente os do Vaticano!). E procure saber que atrações exigem reserva antecipada – é o caso, por exemplo, da Ultima Ceia, do Da Vinci, em Milão. Quem não tem reserva dá literalmente com as caras na porta, sem direito a chorumelas.

9) Tome muito café, experimente todos os sorvetes (de nocciola, de gianduia…), mas não espere muito da pizza – a menos que o seu destino seja Nápoles. Ela costuma ser bem diferente do que imaginamos. Muitas vezes é quadrada e vendida pelo peso. E sem qualquer sutileza (há exceções, eu sei. Mas elas são raras).

ANTES DE IR EMBORA…
10) Faça algo completamente inusitado. Permita-se fugir do roteiro. Algumas das minhas melhores lembranças da Itália surgiram assim. De um dia de hotéis lotados na costa da Ligúria que me fizeram ir domir numa cidade no fim do mundo chamada Comano, com piquenique no quarto… de um passeio despretencioso por Santa Margherita Ligure, enquanto o barco não partia para Portofino, que nos revelou a melhor torta de pêras com chocolate do planeta… e da descoberta de Roma de madrugada – uma estréia que começou às 23h e teve direito a ter todos os monumentos só para nós, e um nascer do sol com vinho de frente para os fóruns.

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