Reportagem de Felipe Recondo, no jornal "O Estado de S.Paulo", revela que o presidente do Conselho Nacional de Justiça, ministro Cezar Peluso, "trabalha para influir na escolha de novos integrantes do órgão".
Os mandatos de 12 conselheiros terminam em junho e julho deste ano.
Segundo o texto, "Peluso começou a atuar, desde o mês passado, para levar ao órgão pessoas mais afinadas com suas ideias de um grupo menos interventor, mais focado na atividade administrativa dos tribunais e menos propenso a abrir seguidas investigações contra magistrados suspeitos de desvios".
O porta-voz do presidente do STF, jornalista Pedro Del Picchia, negou interferência de Peluso na escolha dos conselheiros e afirmou que a renovação do CNJ obedecerá às normas constitucionais das instituições representadas.
"Além de ofensivo à seriedade destas, imaginar outra coisa seria atribuir ao presidente do Conselho superpoder que não tem, que lhe permitiria definir as pessoas a serem indicadas ou interferir nas indicações".
Nota publicada na coluna Painel, da Folha, na terça-feira (8/3), antecipava o temor da Ordem dos Advogados do Brasil de que, "a partir de junho, com a escolha de novos conselheiros, o órgão de controle externo do Judiciário ganhe um perfil mais afinado com o ministro Cezar Peluso, que preside o conselho e o STF".
A informação acompanhava a notícia de que a OAB promoverá o Movimento em Defesa do CNJ, diante de decisões do STF que anularam o afastamento de juízes acusados de corrupção.
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