domingo, 14 de novembro de 2010


Pulava muros de olhos fechados. Saltava apenas para balançar o corpo. Nada o satisfazia tanto quanto sentir as maos livres no ar. Tocava o chão em segundos e, bastava para alivio da alma.
Diferente decidiu saltar de olhos abertos e experimentou ver do alto o que sentia nas mãos. Pulou atento. Atento. Achou o chão.
Desapontado por ver seu pulo tal com era. Rápido. Seco. Sem o céu. De cabeça baixa começou a caminhar. Sem fantasias. Sem mais apegos. Sem ilusões de voar.
Nunca mais percebeu um muro. Hoje sabe que tem o chão.
Longe se vê o menino andando e tapando os olhos

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