Branca Nunes
Neste 22 de julho, uma segunda-feira, primeiro dia da visita do papa ao Rio de Janeiro, um erro no trajeto o aprisionou num genuíno congestionamento carioca. Por longos minutos, Francisco foi sitiado por centenas de pessoas que tentavam aproximar-se do carro.
No dia seguinte, uma pane no metrô do Rio e a superlotação dos meios de transporte público atormentaram os peregrinos que tentavam movimentar-se por Copacabana.
Nesta quinta-feira, de volta ao Rio de Janeiro, o visitante procedente de Aparecida soube que a programação da Jornada Mundial da Juventude – preparada há três anos - fora alterada pela aliança entre o mau tempo e a incompetência da prefeitura. O Campus Fidel, local da vigília e da missa de encerramento da Jornada, foi engolido pela lama. As imagens lembram um Woodstock sem público, palco nem bandas.
“São questões climáticas que fogem da previsão”, alegou Márcio Queiróz, porta-voz da Jornada. “O clima é imprevisível”, descobriu Eduardo Paes. O prefeito, pelo jeito, nem imaginava que chuva não tem hora certa para cair.
Apesar dos R$ 6 milhões enterrados na dragagem de um rio e de três canais que passam pela área, Paes repete que a Jornada “não recebeu um tostão de dinheiro público”. Estão fora da conta do prefeito os R$ 26 milhões desembolsados com limpeza pública, segurança e saúde porque“são serviços públicos comuns aos grandes eventos”.
A coleção de trapalhadas produzidas pela organização da Jornada Mundial da Juventude leva à associação inevitável: imagina na Olimpíada.
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