domingo, 30 de janeiro de 2011

O largo flanco aberto pelo presidente do TCU

Do editorial da "Folha", neste sábado (28/1), sob o título "Conflito de interesses", sobre o fato de o presidente do Tribunal de Contas da União, Benjamin Zymler, haver recebido, de 2008 a 2010, R$ 228 mil para proferir palestras em órgãos públicos e entidades submetidos justamente a seu escrutínio, fatos revelados na série de reportagens do jornalista Rubens Valente:

Auditor concursado do TCU desde 1991, Zymler é o primeiro funcionário de carreira a alcançar a presidência na história do órgão -criado em novembro de 1890, há 120 anos, por iniciativa de Rui Barbosa, então ministro da Fazenda.

Como tal, deveria zelar pela imagem do tribunal, comumente ligada à aposentadoria de políticos em fim de carreira. Ao ser remunerado por entidades sob sua fiscalização, abre um flanco para questionamentos.

O presidente do TCU argumenta que se trata de aulas e que a prática não é vedada. Há diversas boas universidades onde Zymler pode expor sua vasta experiência e complementar seu salário mensal de cerca de R$ 25 mil.

Nenhum comentário:

Postar um comentário