O juiz mandou o Oficial de Justiça retirar o ex-dono do Banco Santo de dentro da sua mansão monumental no Morumbi. Pelo menos por enquanto parece que a justiça está conseguindo domar o batalhão de advogados, influências políticas e brechas legais que sustentam Ademar em liberdade, curtindo a vida, como se não houvesse dado um golpe de R$ 2,7 bilhões na praça. Como próximo passo espera-se que ele seja recolhido ao presido para cumprir a pena de 21 anos a que foi condenado. Será?
Foto: Evelson de Freitas/AE
BANQUEIRO SEM TETO - O ex-banqueiro Edemar Ferreira dentro da biblioteca da mansão cinematográfica. Despejado, está morando num flat, quarto e sala
BANQUEIRO SEM TETO - O ex-banqueiro Edemar Ferreira dentro da biblioteca da mansão cinematográfica. Despejado, está morando num flat, quarto e sala
Fontes: O Globo, ”thepassiranews”, Estadão, Veja, Gazeta Web, R7, Blog Ovadia Saadia
O ex-banqueiro Edemar Cid Ferreira, dono do Banco Santos, liquidado em 2004 e sua mulher, Márcia de Maria Costa Cid Ferreira, foram finalmente despejados nesta quinta, da mansão de 4 mil m² onde moravam.
O juiz Régis Rodrigues Bonvicino da 1.ª Vara Cível de Pinheiros, que vem fazendo um trabalho corajoso e paciente para aplicar à lei e fazer justiça, determinou a saída imediata do casal da moradia, após todos os tramites legais do despejo, que havia tecnicamente sido decretado desde 10 de dezembro passado.
O passo seguinte é leiloar a mansão e as centenas de obras de artes que lá estão, para tentar reduzir os prejuízos dos credores que o golpista ludibriou na sua gestão fraudulenta, diante o Banco Santos e outras empresas do grupo. Mas não nos demos por satisfeito, o ex-banqueiro ainda pode recorrer a tribunais superiores, pedindo a revisão do ato do juiz, tentar obter liminares para não permitir a realização do leilão e continuar luxuosamente instalado em alguma outra sua propriedade.
A impunidade dos poderosos é uma rotina brasileira, o processo contra Ademar já rola há pelo menos 7 anos desde que o Banco Central interveio no Banco de Santos, onde se detectou um rombo de pelo menos R$ 2,7 bilhões.
Edemar Ferreira o ex-dono do Banco Santos já foi condenado, em dezembro de 2006 a 21 anos de prisão, pelo juiz Fausto de Sanctis, da 6ª Vara Criminal Federal de São Paulo, responsável pelo processo criminal do caso. Mas até agora só passou sete meses na cadeia, libertado que foi por um habeas corpus concedido pelo Ministro Gilmar Mendes do Supremo Tribunal Federal, para responder o processo em liberdade.
O ex-banqueiro Edemar Cid Ferreira, dono do Banco Santos, liquidado em 2004 e sua mulher, Márcia de Maria Costa Cid Ferreira, foram finalmente despejados nesta quinta, da mansão de 4 mil m² onde moravam.
O juiz Régis Rodrigues Bonvicino da 1.ª Vara Cível de Pinheiros, que vem fazendo um trabalho corajoso e paciente para aplicar à lei e fazer justiça, determinou a saída imediata do casal da moradia, após todos os tramites legais do despejo, que havia tecnicamente sido decretado desde 10 de dezembro passado.
O passo seguinte é leiloar a mansão e as centenas de obras de artes que lá estão, para tentar reduzir os prejuízos dos credores que o golpista ludibriou na sua gestão fraudulenta, diante o Banco Santos e outras empresas do grupo. Mas não nos demos por satisfeito, o ex-banqueiro ainda pode recorrer a tribunais superiores, pedindo a revisão do ato do juiz, tentar obter liminares para não permitir a realização do leilão e continuar luxuosamente instalado em alguma outra sua propriedade.
A impunidade dos poderosos é uma rotina brasileira, o processo contra Ademar já rola há pelo menos 7 anos desde que o Banco Central interveio no Banco de Santos, onde se detectou um rombo de pelo menos R$ 2,7 bilhões.
Edemar Ferreira o ex-dono do Banco Santos já foi condenado, em dezembro de 2006 a 21 anos de prisão, pelo juiz Fausto de Sanctis, da 6ª Vara Criminal Federal de São Paulo, responsável pelo processo criminal do caso. Mas até agora só passou sete meses na cadeia, libertado que foi por um habeas corpus concedido pelo Ministro Gilmar Mendes do Supremo Tribunal Federal, para responder o processo em liberdade.
Foto: Jonne Roriz/AE
PUXADINHO DO BANQUEIRO - A mansão de Edemar faz as outras mansões do Morumbi choupanas
Saiu da cadeia para morar na Mansão que ocupa uma área de 4.100 m2, no bairro do Morumbi, um dos mais nobres de São Paulo. Projetada pelo arquiteto Ruy Ohtake e decorada pelo famoso arquiteto norte-americano Peter Marino, a casa com a fachada de concreto aparente custou R$ 142,7 milhões. Só a mesa de mogno da sala de jantar, para 20 pessoas, consumiu US$ 390 mil (R$ 652 mil). Uma luminária do alemão Ingo Maurer custou 262,5 mil euros (R$ 592 mil). Atualmente, o imóvel sem os móveis e as obras de arte, está avaliado em R$ 60 milhões.
O andar térreo tem duas galerias de arte, com pé-direito de nove metros, e uma biblioteca. Numa das galerias cabem 250 pessoas.
O centro de distribuição de energia elétrica seria suficiente para iluminar uma cidade de 5.000 habitantes. Os elevadores são pneumáticos porque Edemar não gosta do barulho dos motores.
A mansão abrigava uma coleção de arte avaliada em 30 milhões de dólares, a maioria atualmente armazenada em museus de São Paulo, com 11.000 peças, que incluía desde esculturas e pinturas – modernas e contemporâneas – até peças arqueológicas, como um sarcófago egípcio e uma coleção de mapas antigos.
O andar térreo tem duas galerias de arte, com pé-direito de nove metros, e uma biblioteca. Numa das galerias cabem 250 pessoas.
O centro de distribuição de energia elétrica seria suficiente para iluminar uma cidade de 5.000 habitantes. Os elevadores são pneumáticos porque Edemar não gosta do barulho dos motores.
A mansão abrigava uma coleção de arte avaliada em 30 milhões de dólares, a maioria atualmente armazenada em museus de São Paulo, com 11.000 peças, que incluía desde esculturas e pinturas – modernas e contemporâneas – até peças arqueológicas, como um sarcófago egípcio e uma coleção de mapas antigos.
Fotos: Caio/Skyscraper City
Em 12 de novembro de 2004, o Banco Central decretou a intervenção do Banco Santos e afastou Edemar do controle da instituição financeira. Foi nomeado como interventor o senhor Vânio Cesar Aguiar, que ficou responsável apurar responsabilidades e constatar o montante do rombo, hoje avaliado em R$ 2,7 bilhões.
O autor do pedido de despejo foi o administrador judicial da massa falida da Atalanta, uma empresa criada por Edemar para tentar evitar que seus bens fossem sequestrados, segundo interpretação do juiz federal Fausto Martin de Sanctis, que o condenou pelos crimes financeiros.
Hoje a massa falida da empresa é tecnicamente proprietária da mansão de Edmar, que para continuar morando na própria casa, ao sair da prisão, teve que assinar um contrato de locação, comprometendo-se a pagar R$ 20 mil mensais de aluguel a Atalanta. Como não cumpriu a obrigação básica de locador, que é pagar o aluguel, a dívida acumulada já alcança R$ 1,727 milhão, foi despejado, com qualquer mortal, e condenado a pagar em 15 dias o valor devido.
Edemar estava na casa por volta das 11h de hoje quando recebeu a desagradável visita de Vânio Aguiar, o administrador judicial da massa falida do banco e da empresa Atalanta acompanhado de um oficial de Justiça. Edemar tentou reverter a ordem de despejo até o último momento, apesar de ter sido intimado a sair da residência desde 10 de dezembro não retirara nem roupas nem objetos pessoais da casa.
Não teve como resistir à ordem judicial de despejo pedido pela Atalanta:
”Defiro o pleito para que o oficial só deixe a residência após o cumprimento da tarefa ora determinada” – dizia o despacho do Juiz.
Pelo que se tem notícia, Edemar mudou-se provisoriamente para um flat. Espera-se que em breve ele se mude para um local mais adequado; algum presídio paulista, onde deve ficar por um longo período, supõe-se.
Hoje a massa falida da empresa é tecnicamente proprietária da mansão de Edmar, que para continuar morando na própria casa, ao sair da prisão, teve que assinar um contrato de locação, comprometendo-se a pagar R$ 20 mil mensais de aluguel a Atalanta. Como não cumpriu a obrigação básica de locador, que é pagar o aluguel, a dívida acumulada já alcança R$ 1,727 milhão, foi despejado, com qualquer mortal, e condenado a pagar em 15 dias o valor devido.
Edemar estava na casa por volta das 11h de hoje quando recebeu a desagradável visita de Vânio Aguiar, o administrador judicial da massa falida do banco e da empresa Atalanta acompanhado de um oficial de Justiça. Edemar tentou reverter a ordem de despejo até o último momento, apesar de ter sido intimado a sair da residência desde 10 de dezembro não retirara nem roupas nem objetos pessoais da casa.
Não teve como resistir à ordem judicial de despejo pedido pela Atalanta:
”Defiro o pleito para que o oficial só deixe a residência após o cumprimento da tarefa ora determinada” – dizia o despacho do Juiz.
Pelo que se tem notícia, Edemar mudou-se provisoriamente para um flat. Espera-se que em breve ele se mude para um local mais adequado; algum presídio paulista, onde deve ficar por um longo período, supõe-se.
Fotos: Blog do Ovadia Saadia
TUTTI BUONA GENTE - A recepção do casamento dos empresários Helena Mottin (65) e Eder Veneziani (49), no Leopolldo da Avenida Faria Lima, em outubro passado, teve a oportunidade de reunir a fina flor, um tanto apodrecida, da sociedade paulista. Destacavam-se dois convidados VIPS: o ex-banqueiro Edemar Cid Ferreira, condenando a 21 anos de cadeia, com sua esposa Márcia e Paulo Maluf, que dispensa apresentação, com a esposa Silvia. Felizes e impunes curtem a noitada protegidos por habeas corpus concedidos pelo STF.
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