terça-feira, 24 de novembro de 2009

Corregedor-geral de Justiça do Rio pede licença do cargo após denúncias

Em carta, ele avisa que vai processar autores das reportagens.
Segundo jornal O Globo, Roberto Wider teria envolvimento com lobista. 
O corregedor-geral de Justiça do Rio, Roberto Wider, pediu licença do cargo por 30 dias. Em sua carta ao Órgão Especial do Tribunal de Justiça, ele informa que o motivo do afastamento são as acusações que vem sofrendo após série de reportagens do jornal O Globo, que afirma que o magistrado teria envolvimento com lobista acusado de cobrar propinas a tabeliães, políticos e empresários em troca de favorecimento em processos judiciais.
Segundo o Tribunal de Justiça do Rio (TJ), na quarta-feira (18) foi criada pelo Órgão Especial uma comissão de cinco desembargadores para apurar as acusações envolvendo a Corregedoria Geral da Justiça. Ainda de acordo com o TJ, no lugar de Wider, até que tudo seja esclarecido, ficará o desembargador Azevedo Pinto, 3º Vice-Presidente.
Corregedor explica afastamento
Em carta, Wider explicou aos colegas magistrados o motivo de seu afastamento. “Assumo, pessoalmente, o constrangimento íntimo, por certo indescritível, para quem dedicou toda uma vida à causa da Justiça, com o único propósito de permitir ao Órgão Especial desta Casa que faça uma completa investigação, livre de qualquer ordem de dificuldade”, dizia o texto.
O documento continua com Wider afirmando que nada deve nem teme e diz: “Repudio, uma vez mais, o teor insano e calunioso dessas reportagens com minha máxima veemência e desassombro”. No texto, Wider afirma ainda que apresentou ao Ministério Público uma representação contra os autores das reportagens.

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