segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Após 8 anos, ex-promotor Igor Ferreira é preso

Foto: Adriano Machado/Futura Press
Promotor Igor Ferreira da Silva em delegacia da Zona Leste nesta tarde.
(Foto: Adriano Machado/Futura Press)
A Polícia de São Paulo prendeu, na tarde desta segunda-feira (19/10), o ex-promotor Igor Ferreira da Silva. Condenado pela morte da mulher, ele ficou oito anos foragido.
O promotor foi condenado em 18 de abril de 2001 a 16 anos de prisão pela morte da mulher. Em 2006, ele perdeu o cargo de promotor do Ministério Público Estadual de São Paulo. Silva alegava que um assaltante havia atirado contra sua mulher. A Polícia ainda não deu detalhes sobre a prisão, feita pela delegada Adanzil Limonta.
O crime ocorreu na madrugada de 4 de junho de 1998, em Atibaia (localizada na Serra da Mantiqueira, a 60 km da capital paulista). Grávida de sete meses, a advogada Patrícia Aggio Longo, 27 anos, foi morta com dois tiros na cabeça, na estrada de um condomínio. Ela chegou a ser socorrida, mas morreu em seguida. A morte aconteceu dentro do carro do casal. O promotor afirmou que ele e Patrícia estavam em uma picape Dodge e, ao passar por um caminho de terra batido, na entrada do condomínio, foram surpreendidos por um ladrão, que a levou como refém e atirou nela. Igor disse ter sido abandonado na estrada.
Durante o processo, um exame de DNA comprovou que o filho que Patrícia esperava não era de Silva, que exigiu na Justiça um novo exame de DNA. Após o crime, a Procuradoria-Geral de Justiça denunciou Silva por homicídio qualificado (sem chance de defesa à vítima) e por aborto.
Igor Ferreira da Silva vai passar a noite em uma delegacia da Zona Leste de São Paulo e será encaminhado na manhã desta terça-feira (20) para a Penitenciária de Tremembé, no interior de São Paulo. Condenado a 16,5 anos de prisão pela morte de sua ex-mulher, Patrícia Aggio Longo, Igor passou por exames no Instituto Médico Legal antes de ser transferido.
Tremembé é o destino da maioria dos presos suspeitos de crimes de grande repercussão no pais. Lá estão o médico Roger Abdelmassih, investigado pela prática de dezenas de estupros contra clientes de sua clínica de fertilização, e o jovem Lindemberg Fernandes, preso após o sequestro e morte da namorada, Eloá Pimentel.
Anna Carolina Jatobá, a madrasta de Isabella Nardoni, e Suzane von Richthofen, condenada pela morte dos pais, vivem hoje na Penitenciária Feminina de Tremembé.
Os presídios da cidade também abrigam os irmãos Cravinhos, condenados pela morte dos pais de Suzane Richthofen, Alexandre Nardoni, pai de Isabella e Mateus da Costa Meira, que abriu fogo contra a platéia em um cinema de São Paulo.

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