sábado, 30 de outubro de 2010

Pais reclamam que professora é 'muito sexy' para dar aula na Itália

A italiana Ileana Tacconelli, de 28 anos, que leciona em uma escola católica de Milão (Itália), foi considerada "muito sexy" por um grupo de pais para ser professora. A revolta ocorreu depois que fotos e vídeos picantes dela foram publicados na internet, segundo a imprensa italiana.
Vídeo da professora Ileana Tacconelli gerou polêmica na Itália. 
Vídeo da professora Ileana Tacconelli gerou polêmica na Itália. (Foto: Reprodução)
A polêmica começou depois que uma mãe reclamou com o diretor da escola, Aldo Geranzani, que ela era "muito atraente", sendo uma distração para os estudantes.
Outros pais também se queixaram depois que um vídeo da ex-Miss Abruzzo, um concurso de beleza na região central da Itália, apareceu na web. Nele, Ileana aparece em trajes sexy. Em uma das imagens, ela aparece com o uniforme da polícia americana.
Em uma das imagens, ela posou com o uniforme da polícia americana. 
Em uma das imagens, ela aparece com o uniforme da polícia americana. (Foto: Reprodução)

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Amaerj defende lista de advogados desonestos

Diante da proposta da Ordem dos Advogados do Brasil de criar uma lista com nomes de magistrados com a ficha limpa, o presidente da Associação dos Magistrados do Rio de Janeiro, desembargador Antonio Siqueira, sugeriu outra lista: a de advogados “incompetentes e desonestos”.
“Se entendi bem a nobre proposta da OAB, esta seria, também, uma forma legítima de aperfeiçoar o atendimento feito pela advocacia privada à população”, argumenta Siqueira. Segundo a lógica do juiz, os magistrados é que indicariam nomes de advogados que tivessem prejudicado seus clientes, por incompetência, desonestidade, perda de prazo ou por não estarem presentes aos atos obrigatórios.
A lista com os nomes de magistrados que desrespeitam prerrogativas de advogados foi proposta pelo conselheiro da OAB, Guilherme Batochio, no último dia 19 de outubro. Para ele, um cadastro nacional serve para verificar se ex-autoridades como juízes, ministros e desembargadores, que se aposentam e pretendem advogar, preenchem requisitos mínimos ao exercício da profissão.
Para o conselheiro, o rol seria um critério de avaliação legítimo. Ele comparou a lista à Lei da Ficha Limpa. Presidentes de Comissões de Defesa das Prerrogativas de 27 seccionais endossaram a proposta de criação do Cadastro Nacional de Violação das Prerrogativas do Advogado.
Durante o I Colégio de Presidentes de Comissões de Defesa das Prerrogativas da OAB, no dia 20 de outubro, Batochio disse que a proposta escrita já foi formulada e "todos os presidentes apoiaram, na íntegra, o documento”.
Já o presidente da OAB-SP, Ophir Cavalcante, declarou que as seccionais devem se unir. “É necessário que tenhamos uma diretriz nacional para que todas as autoridades que atentem contra as prerrogativas profissionais dos advogados saibam, de norte a sul, de leste a oeste, que vão encontrar uma reação efetiva e firme da OAB”, declarou.
Em entrevista à Consultor Jurídico, ele afirmou que a proposta de Batochio é bastante relevante e que as experiências feitas pelas seccionais nesse sentido — como a da OAB-SP, que publicou em 2006 uma lista com quase 200 inimigos da advocacia — são importantes para que o Conselho Federal saiba avaliar qual postura adotar.
Assim como a Amaerj, a Associação dos Magistrados Brasileiros também repudiou a proposta. Mozart Valadares Pires, presidente da AMB, informou que “para a AMB, a sugestão é intimidatória e desnecessária, pois a eventual violação das prerrogativas dos advogados deve ser analisada de acordo com os instrumentos legais presentes na ordem jurídica".
Em nota, a entidade declarou que a "a lista dos inimigos da advocacia, como foi chamada pela imprensa, fere a liberdade de exercício profissional, bem como o convívio entre advogados, defensores públicos, Ministério Público e magistratura, que deve ser pautado pelo respeito mútuo para o bem da Justiça. Com informações da Assessoria de Comunicação da Amaerj.

CNJ libera 3.000 presos. Juiz que soltou 59 foi punido

Reportagens publicadas nesta sexta-feira (29/10) pela Folha tratam da superlotação de presos nas carceragens de distritos policiais na cidade de São Paulo (*) e do mutirão carcerário realizado pelo Conselho Nacional de Justiça em Minas Gerais.

Em entrevista (*), o juiz Livingsthon José Machado, de Minas Gerais, confirma uma situação paradoxal: o TJ-MG participou do mutirão que libertou 3.000 presos no Estado; cinco anos atrás, Machado foi afastado do cargo pelo próprio tribunal, quando soltou 59 presos que cumpriam pena ilegalmente em delegacias superlotadas de Contagem.

"Não há nenhuma diferença quanto aos fundamentos jurídicos nos dois episódios: ilegalidade das prisões ou abuso no uso dessas medidas", afirma o magistrado.

O juiz Danilo Campos, da 5ª Vara Cível de Montes Claros (MG), examinou o processo administrativo que puniu o juiz Levingsthon Machado e diz que encontrou "aberrações".
"Acabou prevalecendo o esdrúxulo fundamento de que o colega teria faltado ao dever de reverência aos desembargadores", diz Campos.
Segundo ele, "os presos estão sendo soltos por intervenção do CNJ e o juiz que os queria soltar continua punido".

Procurado, o CNJ informou que não vai se manifestar sobre o caso, que ainda depende de recurso no Supremo Tribunal Federal. O TJ-MG confirmou que há um processo administrativo contra o juiz Machado, pendente de julgamento, e que não pode se manifestar a respeito.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

A MORTE DE NESTOR KIRSHNER

Deputado federal, secretário-geral da União das Nações Sul-americanas (Unasul), presidente do Partido Justicialista (peronista) e virtual candidato à sucessão de Cristina Kirchner no próximo ano, a morte do ex-presidente argentino Néstor Kirchner, altera sem perspectivas de previsões lógicas o futuro político da Argentina
Foto: Getty Images
ÚLTIMA ELEIÇÃO - O ex-presidente da Argentina Néstor Kirchner cumprimenta eleitores ao sair de uma sessão eleitoral, em Buenos Aires, nas eleições de 28 de junho do ano passado quando concorreu e ganhou uma cadeira de Deputado Federal
Fontes: Veja - Abril, Veja, Estadão, O Globo, O Globo , O Globo

O corpo do ex-presidente argentino Néstor Kirchner, que morreu na manhã desta quarta-feira vítima de problemas cardíacos está em Buenos Aires, sendo velado na Casa Rosada.

Aos 60 anos, Kirchner, que tinha histórico de problemas no coração, estava na cidade de El Calafate, na Patagônia, com a mulher e presidente do país, Cristina, quando passou mal. Ele chegou a ser levado ao hospital, mas os médicos não conseguiram reanimá-lo.
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VELÓRIO - O esquife com Kirshner no salão principal da Casa Rosada, velado por amigos, sua mulher Cristina e sua filha Florencia
Kirchner será o primeiro ex-presidente argentino a ser velado fora do Palácio do Congresso desde sua inauguração, em 1906. O velório na Casa Rosada foi pedido da própria Cristina, que viajou junto ao corpo do marido para a capital.

Florencia, filha do casal, que estava nos Estados Unidos, chegou à Argentina desde a noite dessa quarta feira.

O enterro do político será no sábado na província de Santa Cruz, a mesma onde nasceu e morreu. Inúmeros líderes mundiais, notadamente da América Latina já confirmaram que estarão presentes.
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PIXAÇÕES  - Buenos Aires amanheceu cheio de inscrições em homenagem aos Kirchner
No último ano, Kirchner precisou ser internado de urgência pelo menos duas vezes. Os médicos haviam recomendado uma mudança no seu estilo de vida agitado para evitar mais complicações cardíacas.

Em 11 de setembro, Kirchner foi submetido a uma angioplastia, em hospital de Buenos Aires, tendo alta no dia seguinte. Na ocasião, o ex-presidente recebeu o implante de um stent para melhorar o fluxo sanguíneo. Ele era apontado como um dos favoritos para a eleição presidencial argentina de 2011.
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OS KIRSHNER EM CAMPANHA, 1989 - Os dois namoraram por apenas seis meses e só se separaram, com a morte, 35 anos depois, apesar de mexericos de brigas e infidelidades
Deputado federal, secretário-geral da União das Nações Sul-americanas (Unasul), presidente do Partido Justicialista (peronista) e virtual candidato à sucessão de Cristina Kirchner no ano que vem. Néstor Kirchner acumulava todas essas posições. Ao longo dos últimos sete anos, Kirchner marcou a política argentina com a estratégia de "bater e depois negociar". Era o chamado "Estilo K".

Kirchner utilizou essa fórmula nas negociações com o Fundo Monetário Internacional (FMI), os credores privados, as empresas privatizadas de serviços públicos, militares, ruralistas, mídia, Igreja Católica, partidos da oposição, redes de supermercados, companhias de combustíveis, exportadores de carne bovina e a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), entre outros.
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APOIO ENLUTADO - Os argentinos agora apóiam Cristina e lamenta a morte de Nestor, apesar do casal, antes da morte dele, está com a popularidade baixíssima
A fórmula lhe rendeu um grande número de inimigos. Mas também lhe permitiu acumular poder e popularidade nos setores da centro-esquerda. A hegemonia kirchnerista foi acompanhada de uma série sem precedentes de escândalos de corrupção. Kirchner foi acusado de enriquecimento ilícito, de favorecer empresários amigos e de negócios obscuros com o governo do presidente venezuelano, Hugo Chávez. Facilmente irritável com os grupos não alinhados ao seu governo, Kirchner aplicou forte pressão contra a mídia que criticava sua gestão.
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BANDEIRA A MEIO PAU - A Casa Rosada, sede do governo argentino, amanheceu ornada com cartazes com homenagens e apoio a família Kirshner e a bandeira argentina hasteada a meio pau, em sinal de luto
Em 2003 Kirchner foi às urnas no primeiro turno das eleições presidenciais e ficou em segundo lugar, com 22% dos votos. Seu rival, Menem ficou em primeiro, com 24%. No entanto, nas semanas seguintes, durante a campanha para o segundo turno, as pesquisas indicavam que ao redor de 70% dos eleitores votariam em Kirchner como um voto anti-Menem. "El Turco", como Menem era chamado popularmente, desistiu do segundo turno eleitoral.

Dessa forma, com menos de um quarto dos votos, Kirchner foi empossado presidente. Ele foi o presidente menos votado da história argentina. Tudo indicava que ele seria um presidente fraco, sem poder próprio, que dependeria de seu padrinho Duhalde. No entanto, no primeiro ano e meio de seu governo conseguiu desvencilhar-se da imagem de "marionete" ao criar uma esfera própria de poder.
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ÚLTIMO ADEUS - Uma multidão de milhares fazem fila diante da sede do governo argentino, para prestar a última homenagem ao ex-presidente Néstor Kirshner
Em 2007, "El Pinguino" (o Pinguim), como era chamado, estava no auge de seu poder. Ele tinha a obediência de 19 dos 23 governadores, controlava o Senado, a Câmara de Deputados, tinha influência na Corte Suprema de Justiça e contava com o respaldo da maior parte da mídia argentina. Com o poder no apogeu, tomou a decisão inédita no mundo de colocar sua própria mulher como candidata à sucessão presidencial. Com seu respaldo e toda a máquina do governo, elegeu Cristina Kirchner.

Nos primeiros meses de 2008, diversos setores começaram a exibir resistência à política dos Kirchners. Primeiro foram os ruralistas, que deslancharam uma série de greves. Depois foi o próprio vice de Cristina, Julio Cobos, que rompeu com os Kirchners e se transformou em presidenciável. Na sequência, Kirchner intensificou seus ataques aos meios de comunicação e deflagrou uma guerra pessoal contra o Grupo Clarín, a maior holding multimídia da Argentina.

No ano passado, Kirchner sofreu uma derrota histórica ao perder as eleições parlamentares na Província de Buenos Aires para o empresário Francisco De Narváez, um novato na política.

A morte do político argentino é resumida pelo professor de relações internacionais, da USP, Alberto Pfeifer, como “equivalente a um terremoto no cenário político! Argentino.

”Era de conhecimento geral a influência dele sobre a sua esposa, Cristina, e também em outras instâncias da administração. Era ele que articulava a base de apoio ao governo.”

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PASSAGEM DO BASTÃO PRESIDENCIAL - Em julho de 2008, segundo a escritora argentina Sylvina Walger, Néstor Kirchner tentou obrigar a mulher a renunciar. Cristina negou-se e, por sua rebeldia, parou num hostpital por ter levado um soco na cara desferido pelo marido.
“A saída de Néstor Kirchner de cena transforma Cristina em uma interrogação muito grande. Ela deve ter bastante dificuldade. Além do impacto emocional, vai perder o seu conselheiro político. O casal foi colecionando inimigos, se livrando de assessores ao longo do tempo. Foi realmente um golpe muito grande para ela: perdeu o esposo, o companheiro e também a pessoa que a ajudava”.

”Era ele que organizava a gestão de Cristina. Ajudava ou mesmo definia as medidas e toda agenda política do governo. Decidia também quais seriam os aliados em torno da presidente. A presidente era quase um títere: um boneco que ocupa um posto para seguir as linhas ditadas por outro. Ela não era política, não tinha nenhuma expressão e só foi alçada à presidência por causa dele. A carreira política de Cristina sempre foi à sombra do marido. Ela havia sido senadora, mas também por causa da influência dele.”

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FRIA PATAGÔNIA - O casal residia por opção na fria província de Santa Cruz, terra natal de Kirchner, em plena patagônia
Foto: Reuters
“A morte dele altera todo o cenário político para as eleições de 2011. Candidato ou não, ele seria determinante nesta escolha. Pode até ser que a percepção popular sobre a Cristina não mude, já que o casal era especialista em mau governo. Porém, o mais provável é que ela se enfraqueça, abrindo espaço para que outras correntes dentro do Partido Justicialista se apropriem desse espólio. A tendência é surgir outra força dentro da legenda”.

”A oposição, provavelmente, terá cuidado porque qualquer movimento agora pode ser entendido como oportunismo. Sempre que uma pessoa morre é assim. Os opositores vão ter de passar um período de luto antes de atacar Cristina. Agora ela estará protegida por esta “dor de viúva” - concluiu o professor Alberto Pfeifer.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Magistrados têm papel proativo, afirma Eliana Calmon

Amapá - Foto FJMNeto
O texto a seguir, distribuído pela Agência CNJ de Notícias, trata da palestra que a ministra Eliana Calmon proferiu, em videoconferência, para magistrados paulistas, a convite da Apamagis (Associação Paulista de Magistrados), em evento fechado, na segunda-feira (25/10):
A corregedora nacional de Justiça, ministra Eliana Calmon, afirmou, nesta segunda-feira (25/10), em videoconferência para mais de 100 juízes e desembargadores de São Paulo, que a magistratura do século XXI tem um novo papel, mais proativo, de interferência nas políticas sociais. “O juiz brasileiro de hoje é diferente daquele que atuava apenas por meio de sentenças e despachos. A magistratura deve avançar nas políticas públicas que dão maior efetividade aos princípios constitucionais, levando a paz social a um alcance maior da população”, afirmou a corregedora nacional no evento promovido pela Associação Paulista de Magistrados (Apamagis).

Para a ministra, o Judiciário tem hoje o desafio de resolver quase dois séculos de isolamento entre os Tribunais e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) desempenha a função de criar ferramentas que auxiliem a Justiça a exercer esse novo papel, dentro da perspectiva de integração. “Não temos o preparo necessário para gerência administrativa. Esse é o papel do CNJ, auxiliar para que sigamos na mesma linha”, destacou a ministra.

Nesse sentido, a corregedora nacional destacou ser fundamental o apoio e a compreensão da magistratura. “Vamos arregaçar as mangas, fazer a nossa parte para superar o débito que temos com a sociedade brasileira”, reforçou. Eliana Calmon frisou que não existe país democrático sem uma Justiça efetiva e é nessa direção que o Judiciário brasileiro deve seguir, a partir da adoção de práticas de gestão que aprimorem a prestação de serviços aos cidadãos.

Estatísticas - Questionada sobre a quantidade de dados que os juízes têm que enviar mensalmente ao CNJ, a ministra lembrou que para planejar o futuro do Judiciário é preciso partir de dados estatísticos sobre o funcionamento da Justiça no país. “O CNJ partiu do zero. Agora já temos muitas informações e a idéia é que esses sistemas sejam automatizados, que ao inserir os dados de um processo eletrônico todos os bancos sejam alimentados automaticamente”, explicou. Segundo ela, a Corregedoria Nacional está trabalhando no aperfeiçoamento das planilhas e relatórios para facilitar a prestação de informações por parte dos magistrados.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Pargendler não deverá comentar acusação de agressão

O presidente do Superior Tribunal de Justiça, ministro Ari Pargendler, não deverá comentar, nesta segunda-feira, o episódio em que um estagiário o acusou de agressão, informação divulgada na última sexta-feira.
Consultada pelo Blog, a assessoria de imprensa do STJ informou que Pargendler só deverá se manifestar perante o Supremo Tribunal Federal.
Na sexta-feira, o Blog do Noblat revelou que Marco Paulo dos Santos, um estagiário de 24 anos, registrou boletim de ocorrência na 5ª Delegacia da Polícia Civil do Distrito Federal contra Pargendler. O delegado Laércio Rossetto enviou o caso para o STF.
Os principais jornais divulgaram, no sábado, que o presidente do STJ demitiu o estagiário porque ele se recusou a se afastar enquanto o ministro fazia uma transação num caixa eletrônico.
-"Sou Ari Pargendler, presidente do STJ, e você está demitido, está fora daqui", teria dito, antes de pegar o crachá do estagiário.
Na sexta-feira, a assessoria de imprensa do STJ informara que Pargendler estava em Porto Alegre, não costuma conceder entrevistas por telefone e deveria falar com a imprensa nesta segunda-feira.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010